Relógio

domingo, 15 de abril de 2012

O Reino de Deus

Lemos em Mateus 6:10: " venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; ". O que significa isto? Desde a queda do homem no Édem, na terra deixou de se fazer a perfeita vontade de Deus, pois o homem entregou a soberania da terra a Satanás ao obedecer-lhe; e os filhos da desobediência, a descendência adâmica seguiram a corrente deste mundo; corrente que não é segundo Deus, e sim conforme Satanás, o espírito rebelde, o qual usurpou o que era de Deus. Desta maneira a vontade de Deus não pode realizar-se assim na terra como no céu. E precisamente o Verbo de Deus foi encarnado, entre outras coisas, para trazer o domínio celestial à terra. Adão perdeu o domínio, e Cristo, o novo Adão, veio recobrá-lo, como verdadeiro homem, de conformidade com a economia de Deus; e então seja feita a vontade de Deus na terra como no céu. O senhor Jesus é o novo Rei! Seus seguidores, os que têm vencido já vivem a realidade atual do reino dos céus. De maneira que se amamos esse estabelecimento do reino dos céus na terra, devemos orar que se manifeste primeiramente em nossa pessoa, e em segundo lugar em toda a terra, até que a terra seja completa e totalmente recobrada para Deus e Seu Cristo, e que se faça a perfeita vontade de Deus em toda a terra. Diz a Bíblia que "Depois de João ter sido preso, foi Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho de Deus, dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho." (Mar. 1:14,15). A expressão “reino de Deus” não significa exatamente o mesmo que “reino dos céus”, pois o reino de Deus é o reino no sentido amplo, desde a eternidade até a eternidade, e o reino dos céus é apenas uma parte, a que se inicia com a Igreja no dia de Pentecostes e que compreende a era da Igreja e do milênio. Para entrar no reino de Deus têm que nascer de novo; é a regeneração (João 3:3,5); em troca para participar do reino dos céus, há de se cumprir certos requisitos proclamados pelo Rei no sermão do monte. Antes da vinda de João Batista, o reino dos céus não havia chegado. Os cidadãos do reino dos céus se caracterizam fundamentalmente por serem pobres de espírito, porque a Palavra de Deus diz que deles é o reino dos céus. Jesus começou sua pregação dizendo que o reino de Deus havia acercado; ou seja, o poder de Deus já estava se manifestando sobre os homens, porque quando Cristo veio o trouxe consigo, e os demônios estavam sendo privados de seu mortal poder sobre os homens. Mas quem não nasce de novo, quem não houver experimentado a regeneração espiritual, quem não houver recebido a vida de Deus em seu espírito pela obra redentora de Cristo e pela ação do Espírito Santo, não pode perceber o reino de Deus, não pode entrar e pertencer a ele; nem sequer vê-lo, porque não é uma instituição visível, senão uma possessão interior, em sua manifestação atual. O atual aspecto do reino de Deus é a Igreja. “Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós.” (Lucas 17:20-21). Não é possível confundir nem identificar o reino de Deus com nenhuma organização eclesiástica; pois mesmo que já é uma realidade, entretanto, é assim mesmo uma esperança para a idade futura, o reino milenar, no qual Cristo e os crentes vencedores reinarão sobre todas as nações. De acordo com a escala de valores, o mundo se interessa pelas coisas materiais, as riquezas, as possessões, o conforto, o luxo, os festivais patronais, o supérfulo; mas, por contraste, o Senhor diz que é tão importante o reino dos céus, que nossa ânsia deveria concentrar-se em buscá-lo primordialmente, antes que ao vestido, a comida, por mais essenciais que sejam em nosso diário existir. Diz a Palavra de Deus que uma pessoa não têm começado realmente a viver e a possuir vida eterna e abundante, enquanto não pertença ao reino de Deus. Para ver o reino de Deus é necessário estar localizado em certa posição, em uma perspectiva espiritual adequada; há crentes que não têm ajustado essa posição e sua visão é confusa. Como se caracterizam os que pertencem ao reino de Deus? Para compreendê-lo melhor podes estudar todo o Sermão do Monte, nos capítulos 5, 6 e 7 do Evangelho segundo Mateus, e em especial nas bem-aventuranças. O Sermão do Monte descreve a atual realidade do reino dos céus, que está em nós. Alguns mistérios concernentes ao reino de Deus, os encontras nas sete parábolas de Mateus 13. Essas parábolas descrevem a aparência do reino dos céus; aspecto que se cumpre no cristianismo nominal atual. A Palavra que proclama o reino e é semeada no coração dos homens; o enfrentamento entre as duas sementes: a da mulher, Jesus, e a da serpente, o trigo e o Joio; em um desenvolvimento anormal da aparência do reino, começa como a mais pequena das sementes e se converte em uma árvore grandiosa onde se aninham as aves do céu. É um tesouro escondido, ou uma pedra preciosa e excepcional, que para adquiri-la o Senhor vende tudo o que tem e na cruz compra a terra, a redime, para obter este tesouro, a Igreja, para o reino; e ao final haverá uma separação entre os homens, entre os maus e os justos para a possessão do reino de Deus, o qual é de grande gozo. Para entender estas parábolas há de se levar em conta que a Igreja de Jesus Cristo jamais estará composta pela maioria do mundo, senão por um pequeno remanescente redimido; e mesmo dos redimidos, só participarão do reino milenar os vencedores. Em todas as raças da terra, incluindo os judeus, os autênticos seguidores de Deus e de Seu Cristo sempre tem sido uns poucos. O Senhor chama a Sua Igreja de pequeno rebanho. “Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos o seu reino.” (Lucas 12:32).O mundo esta em aberta oposição ao reino de Deus, devido a que o mundo inteiro esta no maligno. Uma pessoa que segue a corrente do príncipe deste mundo não pode possuir o reino de Deus, a menos que seja através de um novo nascimento; saindo do mundo e de sua obscuridade satânica. Desde o ponto de vista objetivo e histórico, porque o judaísmo e o Império Romano determinaram levar Jesus até a morte? Simplesmente porque essas duas organizações viam no Senhor um perigo para sua própria subsistência estrutural. Os representantes legais tanto do sistema religioso do judaísmo como do poder político do Império, percebiam que se Cristo fosse seguido fiel, firme e massivamente por todas aquelas multidões que o assediavam, essas duas organizações estavam condenadas a desaparecer. Ainda que faz dois mil anos começou com Jesus o reino de Deus no âmbito da Igreja, Aliás, há de se manifestar dispensacionalmente; será o reino de mil anos como o descrevem os capítulos 24 e 25 de Mateus, e a história sem dúvida chegara a sua culminação, pois é necessário que Deus julgue a humanidade e se manifeste eventualmente Sua soberania e Seu reino entre os homens. Os primeiros discípulos do Senhor também compartilhavam a expectativa do povo judeu contemporâneo acerca da restauração do reino em Israel, e convencidos de que o Senhor era o Messias esperado, antes da eventual ascensão de Jesus ao Pai, lhe fizeram essa pergunta, “Senhor,restaurarás o reino a Israel neste tempo?” (Atos 1:6). Mas o Senhor julgou que não era oportuno falar-lhes nesse momento sobre esse tema, pois era algo que só o Pai sabia; e ao contrário que se ocuparam de ser Seus testemunhos por toda a terra. Inclusive mesmo depois do dia de Pentecostes, a igreja apostólica cria no iminente retorno do Senhor a restaurar o reino de Deus.