Relógio

quarta-feira, 28 de setembro de 2011


Conformidade ao mundo ou a Cristo?

A Bíblia fala de uma dupla conformidade, uma dupla semelhança que trazemos: podemos ser conformados ao mundo ou a Cristo. Uma exclui e expele a outra. A conformidade a Cristo, onde ela é procurada, será secretamente pervertida pela conformidade ao mundo mais do que por qualquer outra coisa, e a conformidade ao mundo pode ser vencida por nenhuma outra coisa a não ser a conformidade a Cristo.

Cristão, a nova vida da qual você se tornou participante é a vida de Deus no céu. Em Cristo essa vida é revelada e tornada visível. O que a obra e os frutos de vida eterna foram em Cristo também devem ser em você. Na vida Dele você consegue ver o que a vida eterna fará em você não pode ser de outra forma. Se você se rende sem reservas a Cristo e ao domínio da vida eterna, isso o conduzirá a uma caminhada de maravilhosa conformidade àquela de Cristo.

Para a verdadeira imitação de Cristo e crescimento na conformidade interior a Ele, duas coisas são necessárias: uma clara percepção de que sou realmente chamado para isso e uma firme confiança de que é possível para mim. Um dos maiores empecilhos na vida espiritual é não sabermos, não vermos, o que Deus deseja que sejamos. Nosso entendimento ainda é tão pouco iluminado, temos ainda tanto de nossos pensamentos humanos e imaginações sobre o serviço a Deus, sabemos tão pouco do esperar pelo Espírito que é o único que pode nos ensinar. Nós não reconhecemos que mesmo as mais claras palavras de Deus não têm para nós o significado e o poder que Deus deseja. E, enquanto não discernimos espiritualmente o que é a semelhança de Cristo e quão absolutamente somos chamados para viver como Ele, pode haver apenas pouca conformidade verdadeira.

Examinemos seriamente as Escrituras a fim de conhecer o que Deus diz e deseja a respeito de nossa conformidade a Cristo. Ponderemos incessantemente as palavras da Escritura e mantenhamos nosso coração em contato com elas. Permaneçamos firmados em nosso coração e mente que nos demos totalmente ao Senhor, para ser tudo o que Ele deseja, e oremos confiantemente para que o Espírito Santo nos ilumine e nos conduza à plena vida de Cristo. O Espírito nos convencerá de que somos chamados para viver somente para a vontade e para a glória do Pai.

Nós também precisamos da crença de que realmente é possível a nós carregarmos a imagem de nosso Senhor. A incredulidade é a causa da falta de poder. Porque somos fracos, pensamos, não nos atrevemos a crer que podemos ser conformados a nosso Senhor. Esse pensamento está em conflito com a Palavra de Deus. Nós não temos em nosso poder o nos tornarmos como Cristo. Não, Ele é o nosso cabeça e nossa vida. Ele habita em nós e terá Sua vida operando em nós a partir de nosso interior, com poder divino, mediante o Espírito Santo. Mas isso não pode ser feito sem a fé de nossa parte. A fé é o consentimento do coração, a rendição para que Ele opere, e a aceitação de Sua operação. “Faça-se de acordo com tua fé” é uma das leis fundamentais do Reino de Deus. É espantoso o poder que a incredulidade tem de impedir a operação e a bênção do Deus todo-poderoso. Os cristãos que a serem conformados a Cristo devem alimentar a firme confiança de que essa bênção está a seu alcance, está totalmente dentro do âmbito das possibilidades. Eles precisam aprender a olhar para Cristo como Alguém a quem eles, pela graça de Deus, podem realmente ser conformados. Eles precisam crer que o mesmo Espírito que estava em Cristo está também neles, que o mesmo Pai que guiou e fortaleceu Cristo também os vigia, para que o mesmo Cristo que viveu na terra agora viva neles. Eles devem alimentar a firme segurança de que esse Deus triúno está trabalhando para os mudar à imagem do Filho.


Andrew Murray
 
 
“Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” – Fp 3.13,14

Queridos e amados irmãos, nós precisamos avançar em direção a Cristo. Não há mais tempo para que fiquemos adiando a firme determinação de avançar no conhecimento do Senhor, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.
O Espírito Santo através do apóstolo Paulo nos encoraja a esquecermos das coisas que para trás ficam e a avançar em direção ao alvo. É certo que estas “coisas” faz referência às coisas espirituais, coisas que já alcançamos, coisas que o Senhor já alcançou em nós, realidades espirituais já conquistadas em nossa vida. O maná, o pão do céu, o alimento que Deus enviou para o Seu povo no deserto, não podia ser guardado para o dia seguinte:

“... Ninguém deixe dele para a manhã seguinte”. - Ex 16.20

Assim também, tudo aquilo que ganhamos de Cristo, de Sua Palavra, o alimento diário, não serve para o dia seguinte. Nós não podemos perder aquilo que já ganhamos, ou o que o Senhor já ganhou de nós. Precisamos permanecer firmes nas realidades espirituais que já conquistamos, pois são como degraus para que possamos nos aproximar mais do Senhor. O verso 16 de Fp 3 diz:

“... andemos de acordo com o que já alcançamos.”

No entanto, não podemos viver das experiências passadas. Nós precisamos prosseguir para novas experiências geradas por Deus à medida que caminhamos com Ele. Necessitamos avançar em direção a mais uma jornada, a mais um estágio que o Senhor está nos conduzindo.
Todavia, creio que as “coisas” que o texto de Filipenses nos fala, também se refere ao nosso passado como um todo. Veja que Paulo nos mostra, nos versos 5 e 6, as suas credenciais antes de ser resgatado pelo Senhor Jesus:

“circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu, quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na lei, irrepreensível.”

Entendo que quando ele diz: “esquecendo-me das coisas que para trás ficam”, ele também está se referindo à sua conduta no passado. Este é o contexto onde ele usa esta expressão “esquecendo-me”.
Amados no Senhor, nós precisamos esquecer o nosso passado. Não apenas o passado sem Cristo, mas também tudo o que possa estar nos prendendo ao passado, nos segurando, impedindo que avancemos em direção ao Senhor.
Não importa qual seja a tua situação neste exato momento, importa que você prossiga para o alvo.  Se você tem mantido, pela graça do Senhor, uma firme e inabalável comunhão com o Senhor, se você tem caminhado com o Senhor, glórias a Ele por isso. Se você tem negligenciado este caminhar, negligenciado a Sua Palavra, vivendo um evangelho sem expressão, focado mais em si mesmo do que no Senhor Jesus, arrepende-te e volta a tua face para o Senhor antes que seja tarde. Se você pecou contra o Senhor, se você se curvou diante das astutas ciladas do diabo, confessa os teus pecados diante d’Aquele que já os perdoou, arrepende-te imediatamente e volta os teus olhos para Ele, corre para os Seus braços e deixa o Senhor te aproximar Dele novamente, mas nunca, nunca desista.
Amados, se já recebemos a salvação do Senhor, não há nada que possa reverter esta situação. Romanos 8.1 diz que “nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”. Você agora é d’Ele, você pertence a Ele, agora “sois da família de Deus” (Ef 2.19). Precisamos estar certos desta verdade. No entanto o pecado, ou até mesmo a tua negligência, pode te privar da presença do Senhor.
Em nome de Jesus, não podemos permitir que nada e nem ninguém nos prive da presença do Senhor, que nos impeça de caminhar em direção ao pleno conhecimento de Cristo. As adversidades que encontramos em nosso dia-a-dia não devem nos privar da presença do Senhor. Não podemos permitir que nenhuma situação antagônica nos tire do foco que é Cristo. Não sejamos tomados de autocomiseração ou de um sentimento destrutivo de culpa. Os pecados que porventura ainda insistimos em cometer, os problemas de relacionamento, as dificuldades na área financeira e profissional, as enfermidades, nada disso dever se tornar um obstáculo entre nós e o Senhor. Diante das dificuldades e barreiras que possam existir, e até mesmo na própria progressão normal da vida cristã, devemos fazer como o apóstolo Paulo. Devemos esquecer as coisas que para trás ficam e avançar.
Não podemos tirar os nossos olhos do Senhor em hipótese alguma. Este é o segredo de uma vida cristã adequada. Não tirar os olhos do Senhor. O apóstolo Paulo, desde o dia em que foi cercado por Aquele Resplendor de Luz na estrada de Damasco, nunca mais tirou os seus olhos do Senhor. Por este motivo, por obedecer à visão celestial que lhe foi dada, ele disse: “prossigo para o alvo”. Nós precisamos imitar Paulo, assim como ele imitou Cristo (1Co 11.1).
O Senhor Jesus viveu toda a sua vida aqui na Terra sem tirar, nem por um instante se quer, os olhos do Seu Pai. Ele “foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado” (Hb 4.15). E quando, por causa dos nossos pecados, Ele foi privado da santa presença do Pai, Ele clamou em alta voz:

“Eloí, Eloí, lamá sabactâni? Que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” – Mc 15.34

Deus não pode contemplar o pecado. A natureza de Deus é completamente oposta ao pecado. A separação do Pai, provocada por nossos pecados, levou o nosso Senhor Jesus a sentir algo que Ele nunca havia sentido antes. Mesmo conhecendo todo o plano e propósito do Seu Pai, Ele não podia conceber a idéia de ser separado do Seu Pai. O que o Senhor Jesus sentiu quando foi privado da presença de Deus é algo imensurável para nós como seres humanos que somos. Mas como agora estamos n’Ele deveríamos sentir algo semelhante quando nos afastamos do Senhor. Oxalá se nós entendêssemos de fato esta verdade. Todavia, quando somos privados da presença do Senhor, seja por qual motivo for, parece que nada nos acontece. Muitas vezes, nem um ínfimo sentimento de arrependimento é evidenciado. Isto é simplesmente terrível. Nós temos que entrar em desespero quando estivermos privados da presença do Senhor. Porque só assim o Espírito Santo irá nos conduzir de volta para o Senhor.
Veja o que o apóstolo Paulo diz em Fp 3.8:

“Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo”

Foi desta forma que Paulo prosseguiu para o alvo. Ele tirou os olhos dele mesmo e colocou os seus olhos unicamente em Cristo. Assim como Paulo, nós também precisamos tirar os nossos olhos de nós mesmos, de nossas próprias necessidades, de nossas dificuldades, de nossas frustrações, e colocar os nossos olhos exclusivamente no Senhor Jesus. Precisamos prosseguir “para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”. Andar neste mundo é como andar em uma corda bamba. Mesmo salvos pelo Senhor, se não atravessarmos esta corda com os nossos olhos fixos no alvo que é Cristo, podemos cair ou andar desequilibrados. Que voltemos os nossos olhos para Jesus.
Amados irmãos, eu encorajo vocês a prosseguirem para o prêmio da soberana vocação. Não podemos permitir que nada nos abata. Precisamos caminhar com o Senhor em direção há uma eternidade de bênçãos reservada para todos aqueles que Ele mesmo escolheu desde a eternidade passada.
Que Deus nos conduza neste apertado, mas glorioso caminho que é o Caminho da Sua Verdade.

George S. M. Falcão

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A PESSOA, DIVINDADE E OBRA DO ESPÍRITO SANTO

A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós. 2 Coríntios 13:13.Se o Espírito Santo não fosse uma Pessoa não teríamos nenhuma possibilidade de termos comunhão com Ele. O Espírito Santo é conhecido por muitos nomes: Espírito eterno, Espírito de santidade, Espírito da vida, Espírito da verdade, O Consolador e muitos outros. Já passou pela sua mente por que Ele é chamado o Espírito Santo, ou Santo? Podemos dizer seguramente que a explicação consiste em que é Sua obra especial produzir santidade e ordem em tudo o que Ele faz na aplicação da obra salvadora de Cristo. Seu objetivo é produzir santidade, e Ele faz isso na natureza e na Criação, tanto quanto nos seres humanos. Sua obra máxima, porém, é fazer de nós um povo santo, fazer-nos santos como filhos de Deus. Ele é chamado de Espírito Santo com a finalidade de ser diferenciado dos demais “espíritos, os espíritos malignos. Eis a razão porque somos exortados a provar os espíritos se de fato são de Deus. Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora. 1 João 4:1.O Espírito Santo é descrito como o Consolador, “outro Consolador”, e consolador é alguém que se põe ao nosso lado e nos auxilia. A mesma palavra é às vezes traduzida advogado. O Espírito Santo é aquele que assume o lugar de nosso Senhor. Ele está dentro de nós para guiar-nos; e essa é a razão porque nosso Senhor ainda foi capaz de dizer: Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei. João 16:7.Uma outra prova que o Espírito Santo é uma Pessoa é que Ele, segundo as Escrituras, é suscetível a tratamento pessoal. Noutras palavras, somos informados que podemos fazer certas coisas ao Espírito Santo, levando-O a reagir como só é possível a uma pessoa reagir. Somos informados que se pode mentir ao Espírito Santo. É o caso de Ananias e Safira que haviam declarado que haviam dado tudo, mas Pedro os acusou por terem mentido ao Espírito Santo. Atos 5:3 Então, disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo? Portanto, não uma influencia, não algum poder indistinto, mas claramente uma pessoa. Também descobrimos que o Espírito Santo pode ser insultado, ou ultrajado, conforme diz em Hebreus 10:29 De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça?Também descobrimos que o nome Espírito Santo se encontra vinculado ao nome de Deus, e isso não só estabelece Sua Pessoa, mas também Sua divindade. Isso podemos ver na forma batismal, na benção apostólica e, naturalmente; especificamente em 1 Coríntios 12:4,6. Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos.Em determinado ponto somos informados que é o Espírito quem faz isso, e no momento seguinte somos informados que é Deus, o mesmo que opera tudo em todos, e Ele é o Espírito. Portanto, o Espírito é Deus, Sua divindade está provada. Outro ponto fundamental que descobrimos do Espírito Santo, é que certos atributos específicos Lhe são atribuídos e, isso é muitíssimo importante. Somos informados que Ele é eterno; e para ser eterno é preciso ser Deus, pois somente Deus é eterno. Vamos ler Hebreus 9:14 muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!Outro atributo da Sua pessoa que somos informados é que Ele é onipresente; Ele está presente em toda parte. Isso também só pode ser verdade em relação a Deus. Leiamos o Salmos 139:7 Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face?Ele é também onipotente; não há limite em Seu poder, e isso é igualmente um atributo próprio da Divindade. Quando o arcanjo visitou Maria e lhe disse que conceberia “aquele que será chamado Santo”, o Filho de Deus, Ele lhe disse como está escrito em Lucas 1:35 Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus.Nosso Senhor foi “concebido do Espírito Santo”. Ele era o poder, esse poder onipotente, o poder do Altíssimo que a cobriu com Sua sombra, e o Senhor nasceu de Maria. Da mesma forma, somos informados que Ele é onisciente; Ele conhece todas as coisas. Mais uma vez temos exemplo disso em 1 Coríntios 2:10b-11. O Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus. Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito, que nele está? Assim, também as coisas de Deus, ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus.Vemos que o Espírito conhece, e por isso seu conhecimento é igual ao conhecimento de Deus. Ou então tomemos aquelas afirmações de nosso Senhor acerca do Consolador registrado em João 14:26. Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.Irmãos, Ele conhece todas as coisas e, portanto, as pode ensinar. Não há limite para Sua capacidade de ensinar-nos, já que Ele conhece toda verdade. Portanto Ele nos guiará a toda verdade: Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir. João 16:13.Vamos verificar mais um exemplo que evidencia que o Espírito Santo realiza obras divinas. Certas coisas são feitas pelo Espírito, as quais nos informam as Escrituras que só podem ser feitas por Deus. Antes de tudo, a Criação. Lemos em Gênesis 1:2 A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas. O Espírito estava presente no início de tudo. Jó também diz: Jó 33:4 O Espírito de Deus me fez, e o sopro do Todo-Poderoso me dá vida.Essa obra criadora do Espírito Santo é também outra prova de Sua Divindade. E assim, naturalmente, é preciso lembrar que Sua operação especial é aquela que descrevemos como regeneração. Todo ser humano que nasce neste mundo, já nasce espiritualmente morto, e por isso há uma necessidade de novo nascimento. Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo. João 3:7. E somos regenerados somente através da ação do Espírito Santo, operando a Sua obra em nós. É o Espírito Santo que produz em cada um de nós o novo nascimento. Pois cremos e entendemos que é o Espírito Santo quem nos vivifica, por isso é necessário nascermos do Espírito. João 3:5 Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.Irmãos é obra do Espírito Santo trazer a nós, bem como fazer real em nós, de uma maneira experimental, essa tão grande salvação da qual Jesus veio ao mundo efetuar. Na divindade, o Espírito Santo é o executivo, o executor. E assim, descobrimos que, neste grande plano, o Espírito Santo é o aplicador da salvação. Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna. Tito 3:4-7. Amém.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Pois não pregamos a nós mesmos, mas a Jesus Cristo, o Senhor, e a nós como escravos de vocês, por causa de Jesus. (2 Co 4.5)
Há um sentido no qual nunca devemos ser modestos na nossa pregação. Certamente não devemos fazer grandes afirmações sobre nós mesmos, mas em primeiro lugar não deveríamos pregar a nós mesmos. Na proclamação do evangelho, apresentamos Cristo como o merecedor de confiança e adoração. Declaramos Jesus Cristo como supremo. E se pregamos a ele e não a nós mesmos, seremos modestos sobre o quê? Nós o louvamos sem restrições, e sem medo de exageros.
Existe um lugar para a humildade, e isso está no fato de dirigirmos a atenção para ele e para longe de nós. Essa humildade é invisível, porque sempre que está presente e é bem sucedida, dirige o foco para o Senhor. Um constante autorrebaixamento, de tal forma que ninguém pode deixar de notar, é sinal que a pessoa já falhou. A verdadeira humildade se traduz em uma agressividade em nossa pregação porque se a nossa pregação é fiel ao seu tema, ela irá refletir a qualidade do que é pregado. Dessa forma, quando falamos de Jesus Cristo, temos que ser corajosos e impetuosos.
Ainda que sejamos fracos em nós mesmos, e por vezes nos aproximemos da tarefa com temor e tremor, nele somos fortes, e em nosso discurso exemplificamos a sua força e a sua verdade. Assim, com um tom de voz firme e estável, fazemos ostentações grandiosas. Proclamamos Jesus Cristo com um espírito indomável, não alimentado pela confiança em nós mesmos, mas pela nossa confiança nele. Ele é digno de ser declarado o Senhor de todos, e ele vive à altura das alegações que fazemos sobre ele.
No ministério do evangelho pregamos a Jesus Cristo como o Senhor, mas nos fazemos servos daqueles que nos ouvem. Existem falsas noções quanto ao que significa ser servos daqueles que recebem o nosso ministério. Elas se levantam de uma falha ao distinguir entre ser servos de homens e servos de Deus. “Servo” pode se referir a duas coisas diferentes. Jesus se fez servo de homens – ele disse que veio para servir e não para ser servido – mas nunca permitiu aos homens que o controlassem. Ele serviu aos homens, mas não obedeceu aos homens. Ele serviu aos homens no sentido que fez o que era bom para eles, mas só o fez sob a direção do Pai, e muitas vezes contra a vontade dos homens.
Um pai emprega um tutor para educar o seu filho, assim o tutor trabalha duro para o benefício da criança, mas a criança não tem autoridade para estabelecer o horário e currículo das lições. Antes, a criança tem que cooperar com o tutor ou enfrentar o desagrado do pai. Da mesma forma, quando pregamos o evangelho, nos tornamos servos daqueles que nos ouvem no sentido que trabalhamos duro em benefício deles, a salvação de suas almas. Mas ainda que sejamos servos deles, eles não são nossos senhores. Nós trabalhamos para o benefício deles, sob a direção do Senhor. É ele quem dita a nossa mensagem, nosso método e os nossos movimentos. Assim, a autoridade do pregador não é anulada, mas antes estabelecida pelo seu papel como servo aos homens sob o comando de Jesus Cristo.
Alguns têm aplicado erroneamente a ideia de servidão a negócios, paternidade e liderança em geral, com consequências ridículas. O ensinamento bíblico implica que devemos ser gentis e condescendentes? Não. Ele implica que devamos ouvir a contribuição das pessoas? Ainda que em muitos casos seja bom receber contribuições, isso não vem da ideia de ser um servo aos homens. Servir não quer dizer algumas das coisas que as pessoas pensam que isso significa. Em todo caso, servir significa que devemos trabalhar com empenho para o benefício dos outros, e isso muitas vezes implica um exercício de poder de comando forte, mesmo contra os desejos e as sugestões daqueles a quem servimos. Somos servos de todos os homens, mas somente Jesus Cristo é o nosso senhor. A incapacidade de compreender essa simples distinção tem produzido inúmeros resultados antibíblicos e grotescos.